NOTA BIOGRÁFICA

Licenciada em Línguas, Literaturas e Culturas (2010), pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, mestre em Estudos Portugueses (2013), também pela FCSH-UNL, com a dissertação “A ficção da voz feminina nas cantigas de D. Dinis”, e doutoranda em Estudos Portugueses, estando a preparar a tese “Vozes Femininas Galego-Portuguesas no Contexto Medieval Europeu”.
Sendo membro do Instituto de Estudos Medievais e do CHAM (Centro de Humanidades), tem-se dedicado principalmente ao estudo da literatura galego-portuguesa e da obra de Fernando Pessoa. Colaborou ainda na elaboração da base de dados Cantigas Medievais Galego-Portuguesas.
Entre 2013 e 2015, foi também assistente convidada do Instituto Superior de Contabilidade e de Administração de Coimbra.

COMUNICAÇÃO

Título: Álvaro de Campos Futurista?
Resumo:

Frequentemente definido, pelo menos numa das fases/faces da sua vida-obra, como “futurista”, Álvaro de Campos parece, todavia, escudar-se de tal classificação, não só diretamente, em algumas cartas e textos ensaísticos em que rejeita tal epíteto, mas também através das suas obras ditas “futuristas”, que incluem motivos, ideias e sentimentos notavelmente distantes do registo do Futurismo. Contudo, há também documentos pessoanos em que Campos surge caracterizado como “futurista” e é inegável que algumas das obras mais conhecidas deste heterónimo (como a “Ode Triunfal”, a “Ode Marítima” ou o “Ultimatum”) revelam claras influências do Futurismo. Como resolver, então, esta complexa questão? É realmente viável e pertinente classificar Álvaro de Campos como poeta futurista? É a esta pergunta que tentaremos responder na nossa comunicação.